Tribu Nukini

Rosa Branca

26,00

Tribu Nukini

Elixir

27,00

Tribu Nukini

Sansara

28,00

Tribu Nukini

Onça

29,00

Tribo Nukini

Os Nukini fazem parte do grupo de povos que falam a língua Pano, vivem na região do vale do Juruá e caracterizam-se por estilos de vida marcantes e uma visão do mundo muito semelhante.

História dos Nukini

Os Nukini sobreviveram a grandes adversidades, como as febres epidémicas e a expansão da frente de exploração da borracha. Ao longo das primeiras décadas do século XX, ingressaram na empresa seringal e permaneceram na região do Rio Môa até aos dias de hoje.

Depois de décadas a trabalhar como seringueiros, os Nukinis conquistaram o reconhecimento oficial das suas terras no final da década de 1970.

Devido ao contacto com os seringueiros, pequenos produtores e ribeirinhos do alto Juruá, os Nukini incorporaram muitos dos seus costumes, mas mantêm a sua individualidade, principalmente no que diz respeito à sua organização social.

Modo de vida Nukini

Para além de obterem proteína animal através da caça, os Nukini possuem alguns animais domésticos para alimentação, geralmente criados perto das suas casas; principalmente porcos, galinhas, patos e gado.

Também recolhem diversos produtos florestais; principalmente açaí, bacaba, buriti, patuá e pupunha para consumo de fruta.

Utilizam também diversas plantas medicinais; Madeira amarga para picadas de insetos, casca de jatobá para fazer chá para dores gerais, tosse e inflamações; O chá de casca de quina é utilizado para a malária; e o Cipó-guaribinha  é utilizado para a gripe, entre muitos outros.

Rituais Nuquíni

Em relação aos rituais, atualmente os Nukini dançam o mariri – assim como vários povos Pano da região – e cantam inúmeras canções indígenas, algumas compostas por eles e outras aprendidas com os mais velhos.

As famílias Nukini

Tal como acontece na maioria das aldeias Pano, a divisão do trabalho é definida pelo sexo e pela idade.

As atividades de caça, recoleção e agricultura estão reservadas aos homens, enquanto as mulheres são responsáveis ​​pelos cuidados da casa, bem como pela recolha de produtos florestais, pela confeção de artesanato e pela ajuda na agricultura.

Os Nukini têm uma economia baseada na produção familiar. A pesca complementa a agricultura e a caça como actividade secundária, sendo praticada com rede e anzol.

Os Nukini possuem uma organização clânica, sendo que os mais velhos conseguem definir com precisão a ascendência das famílias Nukini, classificando os seus membros de acordo com o clã a que pertencem; Inubakëvu (“povo da onça”), Panabakëvu (“povo do Açaí”), Itsãbakëvu (“povo do Patoá”) ou Shãnumbakëvu (“povo da cobra”).

Em geral, as casas Nukini albergam famílias nucleares. Junto a uma residência podem existir outros filhos que casaram e constituíram outro núcleo familiar, sendo que o filho do sexo masculino vive muitas vezes com o sogro.

Residências Nukini

As residências Nukini são geralmente construídas com recursos florestais. Algumas casas têm parede e chão de paxiubão e telhado coberto com folhas de palmeira. Outras casas são construídas com paredes e pavimentos de tábuas serradas, geralmente de madeira de alta qualidade. Existem também alguns edifícios com cobertura de alumínio, principalmente escolas e centros de saúde.

Terra Indígena Nukini

A Terra Indígena Nukini localiza-se no Acre, extremo sudoeste da Amazónia brasileira, e faz parte de um dos mais importantes mosaicos de áreas protegidas do Brasil.

A maioria das famílias Nukini distribui-se ao longo dos córregos Timbaúba, MeiaDúzia, República, Capanawa e na margem esquerda do rio Môa.

O estado tem fronteiras internacionais com o Peru e a Bolívia, e fronteiras nacionais com os estados do Amazonas e Rondônia. No extremo oeste encontra-se o ponto mais alto do estado, onde a estrutura do relevo é modificada pela presença da Serra do Divisor, braço da Serra de Contamana peruana, com uma altitude máxima de 600m.

O valor da biodiversidade do Parque Nacional da Serra do Divisor (PNSD) está entre os mais elevados já encontrados na Amazónia brasileira. Esta diversidade biológica tem sido utilizada e conservada há séculos pela população residente na área, incluindo os Nukini, cujas terras albergam grande parte da biodiversidade.

Os solos do Acre albergam vegetação natural composta por floresta tropical densa e floresta tropical aberta, caracterizada pela heterogeneidade florística. O clima é equatorial quente e húmido, marcado por temperaturas elevadas, elevados índices de precipitação e humidade relativa elevada. A hidrografia do Acre é formada pelas bacias do Juruá e do Purus, afluentes da margem direita do rio Solimões.

Nome e idioma do Nukini

Os Nukini são pessoas da família linguística Pano, embora atualmente poucos Nukini falem a língua materna.

Nukini é o nome pelo qual se auto-intitulam, e é possível que no passado tivessem outra auto-designação. Em alguns textos históricos, os Nukini são também conhecidos por Inucuini, Nucuiny, Nukuini, Nucuini, Inocú-inins e Remo. Originalmente, parece que os Nukini são um dos ramos sobreviventes dos chamados índios Remo.

Possivelmente, em consequência do contacto com a expansão da indústria da borracha, a sua língua foi discriminada e ridicularizada, a tal ponto que a transmissão da língua aos seus descendentes foi interrompida, gerando uma população educada apenas em português.

Os falantes da família linguística Pano podem ser encontrados no Peru, Bolívia e Brasil.

Organização Política

Os Nukini estão organizados segundo um modelo de representação eleitoral; São eleitos um dirigente político da comunidade, um presidente da associação produtiva e um representante desta para o Conselho Consultivo do PNSD (Parque Nacional da Serra do Divisor).

Música Nukini